quarta-feira, 12 de novembro de 2008

American Dream


Foi com muito agrado que recebi a notícia que Barack Obama havia ganho as eleições para a presidência do U.S. of A. Apesar de crer que será muito difícil que haja um grande desfasamento em relação às políticas externas (nomeadamente acerca das acções até agora implemantadas em relação ao Iraque), da dificuldade em conseguir uma estabilização do mercado nacional e internacional através de novas medidas económicas, é sem dúvida um sinal de esperança, de mudança dos tempos, quando um indivíduo de raça negra alcança um cargo tão elevado.

Com o aproximar da data das eleições, era dada vantagem a Barack Obama em relação a John McCain e, que por isso, foi dito que o facto de Barack Obama ser de raça negra (é bronzeado, vá) não iria condicionar de modo negativo o voto neste candidato. Como se veio a verificar, este facto não condicionou a sua vitória, muito menos a clara vantagem que obteve em relação ao oponente. Apesar de a sua cor não ter sido um factor condicionante, posso afirmar que a sua vitória o foi. Condicionou mentalidades, esperançou milhares de pessoas em todo o mundo.

Nunca antes a eleição de um presidente dos E.U.A. foi envolta em tamanha campanha mediática, nunca antes o mundo esteve tão atento às novidades protagonizadas por uma corrida eleitoral, nunca antes um presidente tinha inspirado uma nação, e o mundo, desta forma. Nunca antes uma vitória, que devia ser de uma nação, foi ao mesmo tempo uma vitória para todo o mundo, representando a liberdade de expressão e mostrando que as origens de cada um não são factor condicionante das suas capacidades.

Numa nação muito marcada pela escravatura, guerras civis motivadas pela liberdade e igualdade de direitos para todos, por actos terroristas, mas também pelo estereótipo do "American Dream", onde indivíduos de todas as nações procuram aí a sua sorte (mesmo na ilegalidade) podemos compreender que o facto de um candidato tão diferente tenha chegado onde chegou. E a palavra-chave é "esperança". Esperança que alguma coisa mude.

1 comentário: