segunda-feira, 23 de março de 2009

O Papão



Acabou hoje a visita do Papa Bento XVI a África, marcada por grandes polémicas.


O Sumo Pontífice é sumário nas suas ideologias: os preservativos agravam a Sida. Penso que ele deve ter tido conhecimento desta novidade científica aquando de algum encontro com um xamã de uma tribo africana ou em algum sonho com a Maria Madalena (essa devassa conhecedora dos prazeres carnais terrestres).


Deste modo, a receita prescrita por este sábio do século XXI, é a abstinência sexual.....

Como é que, em 60 milhões de pessoas neste nosso pequeno Planeta Azul, ningúem se havia já lembrado desta solução??

Porquê recorrer àquele pedacinho de látex com um cheiro e liquído de carácter duvidoso, que muitas vezes atrapalha e frustra os praticantes do desporto sexual, quando se pode simplesmente NÃO praticar tão deliciosa actividade?


Se bem me lembro do que aprendi em Diácono Remédios, o coito apenas deve ser praticado em prol da reprodução. Ora, o Celestial Papão não pode querer sugerir que devemos deixar de popular o Mundo e assim não pôr em prática a vontade de Deus pois não?


Também referiu que para diminuir os diabetes a obesidade, outros dos flagelos da sociedade, devemos abster-nos de comer qualquer alimento rico em lípidos e glícidos e basear a alimentação em vários tipos de pão, acompanhado com água al cano rica em cloro.


Num continente onde residem dois terços dos infectados com Sida do mundo, um continente marcado pela fome, guerra e corrupção, este tipo de declarações de alguém que tem o poder (não merecido) de chegar às consciências de milhares de pessoas que nele acreditam, não o faz de modo a ajudar à situação!


Há muitos anos que várias organizações humanitárias tentam educar este povo, para que a SIDA deixe de se multiplicar devido à ignorância, e sua Santa Sapiência veio deitar todo esse trabalho por terra!


Se fosse católica as minhas orações iriam certamente para a Humanidade que é afectada pela crença nos padres deste mundo.


Amén

sexta-feira, 20 de março de 2009

O Monstro da Ironia

A vida quando é irónica nem sempre tem piada.

No Dia do Pai (ontem), foi condenado a prisão perpétua o que poderia ser considerado um dos piores pais do mundo: Josef Fritzl. Como muitos sabem, este pai sequestrou a sua própria filha prendendo-a numa cave sem ver a luz do dia por 24 anos, violando-a repetidamente e tendo com a mesma 7 filhos, um dos quais morreu em cativeiro.





Chega agora ao fim um dos casos mais chocantes e mediáticos de 2008, precisamente no Dia do Pai. Enquanto que se oferecem prendas e mensagens de apreço aos nossos pais, somos discretamente lembrados pela ironia da vida que nem todos podem ser chamados de pais; nem todos merecem este título honrado apenas por passarem os seus genes a outras gerações.

Não devemos esquecer que existem pais que esquecem os filhos nos carros, que violam, maltratam física e psicologicamente os seus filhos e, tendo isto em mente, devemos sempre sorrir aos nossos pais, lembrando-os do apreço, carinho e amor que sentimos por eles, lembrando-os que merecem ser chamados PAIS!


Ao meu pai, a quem vou sempre sorrir

quinta-feira, 19 de março de 2009

A todos os PAIS do mundo!!!!


Simplesmente genial!!!
Durex forever!
MWAHAHAHAH!

Crime sem Castigo

Foi condenado a 25 anos de prisão José Encarnação, de Faro, pela morte do seu ex-cunhado, Joaquim Pires. Este homem já havia morto a sua filha de 2 anos e meio em 1987, estrangulando-a até à morte com um fio eléctrico, tendo sido condenado a 18 anos de prisão, acabando por cumprir apenas 8 de cárcere por bom comportamento. Este crime hediondo foi perpetrado de forma premeditada pois pediu à sua ex-companheira para ficar a tarde com a sua filha. Após o assassinato, deixou a criança e foi passear calmamente, avisando a mãe da criança que esta se encontrava a dormir. A criança foi encontrada ainda com o fio no pescoço, ao lado do livro de Truman Capote, "In Cold Blood". Segundo o assassino, foi um acto de amor, pelo facto de ter sido abandonado pela sua companheira.
Não obstante, saiu da prisão sem ter cumprido o tempo e, em 2006, agrediu o ex-cunhado com um ferro, pondo em risco a sua vida, tendo sido apenas condenado a pagar uma coima de 500 euros. Mais uma vez, o juízo da justiça não foi o mais correcto, pois no mesmo ano agrediu um vizinho com uma faca, atingindo-o no pulmão, sem motivo aparente. Em 2007 acabou por matar Joaquim Pires.

Em situações destas, somos levados a questionar as acções da justiça e da polícia neste tipo de casos. Um homem já marcado pelo homicídio, considerado por todos como um psicopata perigoso, sai mais cedo da prisão e, qiando volta a agredir, o máximo que lhe acontece é o pagamento de uma multa.
O resultado é a morte de outra pessoa inocente.

O mesmo acontece com as vítimas de violência doméstica (na sua maioria mulheres) que, quando apresentam queixa, o máximo que pode acontecer ao agressor é a prisão preventiva durante uma noite, sendo depois libertado para voltar a agredir a seu bel-prazer e, em muitos casos, para matar.
Caso seja apanhado em flagrante na agressão, não é colocado em prisão preventiva, pois esta é apenas aplicada quando a pena máxima de um crime é superior a 5 anos, o que não é o caso do crime da violência doméstica.
Assim sendo, muitas mulheres são obrigadas a fugir de casa, muitas vezes apenas com a roupa que trazem no corpo e, inflelizmente, algumas vezes sem os seus filhos; para que possam fugir às tormentas de uma relação disfuncional e, essencialmente, em nome da sobrevivência.

Em outros casos, muitas não aguentam a pressão e, julgando-se sem opção, matam os seus agressores em legítima defesa, sendo depois condenadas por um crime que poderia ter sido evitado se tivessem sido devidamente protegidas pela lei portuguesa.

Existem ainda os casos de burla, fuga ao fisco, abuso de poder, pagamento e recebimento de "luvas" para que as bocas sejam seladas e para que alguns papéis e leis sejam esquecidos ou "atropelados", em nome dos interesses económicos pessoais. Nestes casos o mais provável é que se saia impune.

A impunidade nos crimes em Portugal não é assunto novo, mas poderia passar à história caso os legisladores do nosso país se deixassem de "brincar às novas leis" começassem a colmatar as falhas nas já existentes, tendo em conta a REALIDADE, para que os crimes não passem sem castigo.